terça-feira, 26 de junho de 2007
quarta-feira, 20 de junho de 2007
domingo, 10 de junho de 2007
terça-feira, 5 de junho de 2007
segunda-feira, 4 de junho de 2007
domingo, 3 de junho de 2007
Cinismos

Eu hei-de lhe falar lugubremente
Do meu amor enorme e massacrado,
Falar-lhe com a luz e a fé dum crente.
Hei-de expor-lhe o meu peito descarnado,
Chamar-lhe minha cruz e meu calvário,
E ser menos que um Judas empalhado.
Hei-de abrir-lhe o meu íntimo sacrário
E desvendar-lhe a vida, o mundo, o gozo,
Como um velho filósofo lendário.
Hei-de mostrar, tão triste e tenebroso,
Os pegos abismais da minha vida,
E hei-de olhá-la dum modo tão nervoso,
Que ela há-de, enfim, sentir-se constrangida,
Cheia de dor, tremente, alucinada,
E há-de chorar, chorar enternecida!
E eu hei-de, então, soltar uma risada.
Poema: Cesario Verde
Fotografia: M.Santana
A ti Deolinda.....
De sentir o que já senti
De viver o que vivi
Da mesma forma fugaz
Que o tempo voltasse para trás
Olhar nos olhos de todos aqueles que foi feliz
E sentir a mesma luz o mesmo olhar
Olhar de paz de serenidade de verdade
Verdade inesgotável de uns olhos azuis
Sim es tu deolinda que fazes os meus dias
Com a tua inocência
Onde a vida não foi fácil e fez com que caísses
Caísses em tristeza e escuridão
Deixaste tudo de ser quem eras
mas a tua essência ficou
Pois o teu sorriso é um sol a brilhar
Um incentivo de uma vida melhor.................
M. Santana
AS PALAVRAS

São como cristal,as palavras.
Algumas, um punhal,um incêndio.
Outras, orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,leves.
Tecidas são de luz e são a noite.
E mesmo pálidas verdes paraísos
lembram ainda.Quem as escuta?
Quem as recolhe, assim,cruéis, desfeitas,
Eugenio Andrade
Fotografia: M.Santana